42° dia de greve: Comando Local se reúne com Reitoria e direção do CCS para debater essencialidade dos serviços do curso de Odontologia

A manhã desta quarta-feira (24), 42° dia de greve, iniciou com reunião do Comando Local (CLG) no lonão da greve, com informes locais e nacionais. Em seguida, às 10h, representantes do CLG e TAEs em greve da Odontologia se reuniram com a gestão da Universidade e do Centro de Ciências da Saúde (CCS) para debater a essencialidade dos serviços do curso. A reunião contou com a presença da vice-reitora Martha Adaime, do Pró-Reitor de Gestão de Pessoas Frank Casado, da diretora e do vice-diretor do CCS, Maria Denise Schimith e William Schoenau

Na avaliação do Comando Local de Greve, as práticas do curso de Odontologia não configuram como serviço essencial, uma vez que não acontecem no período de férias letivas. De acordo com a vice-reitora Martha Adaime, não há diferenciação entre as práticas laboratoriais do curso de Odontologia e do curso de Química – por exemplo – que também estão paradas.

A diretora do CCS Maria Denise explicou que a diferença das práticas dos(as) estudantes da Odontologia acontece em estar diretamente relacionada ao público atendido, configurando assim – no argumento de alguns alunos(as) – como prática essencial. A Direção do CCS avalia o problema como falta de horizontalização do trabalho de TAEs e docentes no Centro, afirmou ter entendido o recado dos(as) TAEs do curso e informou que, com o retorno das atividades, uma intervenção será realizada em conjunto com a Unidade de Apoio Pedagógico para que a questão possa ser resolvida.

Os(as) TAEs da Odontologia presentes na reunião explicaram que, foram aderindo à greve de forma organizada, com aviso prévio. Atualmente, quase a totalidade dos(as) servidores(as) TAEs do curso estão em greve. Também relataram à Reitoria inúmeras especificidades enfrentadas no curso, a começar pela falta de pessoal no quadro técnico. A servidora Carolina Tonini Goulart relatou que, no setor de esterilização, há cinco servidoras no quadro mas, no momento, são apenas três servidoras, devido às licenças e afastamentos. Isso gera uma sobrecarga muito grande de trabalho e horas extras não remuneradas. Carolina frisou que o trabalho dos(as) TAEs é invisibilizado e que deveria haver, por parte da gestão, mais atenção sobre “a ética do cuidado para com os(as) profissionais que também ajudam a cuidar de outras pessoas”.

As coordenadoras gerais da Assufsm Natália San Martin e Alessandra Alfaro, o coordenador de Esporte, Cultura e Lazer Paulo Quadrado, e a coordenadora geral da Fasubra Loiva Chansis, em suas falas, ressaltaram a importância da união dos(as) TAEs por melhores condições de trabalho e da greve como instrumento legítimo para tal conquista.

A vice-reitora Martha Adaime também reforçou o apoio da gestão ao movimento, uma vez que a precarização do serviço público vem sendo cada vez mais perceptível, tornando o futuro da UFSM incerto, num curto prazo de anos. “Não há dúvida sobre a precariedade do serviço público. Em 2014, a UFSM recebia 194 milhões. Hoje, dez anos depois – mesmo com toda inflação – a Universidade recebe em torno 135 milhões para gerenciar todas suas atividades”, complementou a vice-reitora.

Novas reuniões com a Reitoria e o CLG serão marcadas para tratar de questões específicas sobre a União Universitária e os setores da Perícia e Qualidade de Vida do(a) Servidor(a).

A gestão da Universidade deve se debruçar também, nos próximos dias, sobre a avaliação da suspensão do calendário acadêmico.

 

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