Assufsm divulga resultado da pesquisa de opinião sobre Programa de Gestão e Desempenho (PGD)

Em novembro de 2023 a Assufsm lançou uma pesquisa de opinião sobre o Programa de Gestão e Desempenho (PGD). O questionário foi feito de forma online e ficou disponível até o 14 de janeiro. O resultado da pesquisa foi divulgado na primeira reunião do GT PGD deste ano, que ocorreu no dia 18 de janeiro.

A pesquisa obteve 361 respostas, dessas 58,2% fazem parte das Unidades de Ensino e 31,3% das Pró-Reitorias. Além disso, 43,8% dos respondentes são Técnico Administrativos em Educação de nível E, 42,7% de nível D e 10,2% de nível C.

Foi perguntado aos respondentes quem eram suas chefias imediatas. Dos 361 respondentes, 55,1% são chefiados por Técnico Administrativos em Educação e 43,5% são chefiados por docentes. Ainda sobre a chefia, 53,5% das respostas afirmam que sua chefia não teve conversas sobre o PGD.

Além disso, 78,4% dos respondentes não se sentem bem informados pela gestão UFSM com o novo formato de controle proposto pelo Programa. Do total de respondentes, 85% acreditam que a gestão não debateu o suficiente com a comunidade e apenas comunicou o que foi decidido. No que tange à compulsoriedade do processo, 75,9% dos(as) respondentes afirmaram serem contrários(as).

Para a implementação do PGD e as metas que devem ser alcançadas, 68,1% informa que o setor não mapeou as rotinas de trabalho para organizar as metas, 20,5% afirma que isso está sendo feito de forma parcial e 10% confirma que isso está sendo feito.

Sobre o acesso e a leitura da minuta que apresenta como será implementado o PGD na Universidade 63,4% informou que teve acesso e leu a minuta, 22,2% teve acesso mas não leu a minuta e 14,4% não teve acesso à minuta. Das 361 respostas, 75,9% não é a favor da implementação do PGD de forma compulsória para todos os servidores da UFSM e 65,4% não se sentem seguros para que o PGD seja implementado agora. Além disso, 34,3% é totalmente contra a implementação do Programa no modelo divulgado pela Reitoria, 29,9% é parcialmente a favor, 18% é a favor e 17,7% até o momento em que o questionário foi aplicado não possuía opinião formada.

 

No questionário também foram disponibilizadas cinco perguntas em que o(a) servidor(a) pudesse deixar sua opinião, com comentários e considerações mais ampla. Na pergunta referente a implementação do teletrabalho – que será de forma parcial e após seis meses de PGD presencial – foram 308 respostas, sendo que a maioria dos respondentes não concorda com esse formato.

Além disso, a pesquisa coletou 241 respostas a respeito das dúvidas sobre a forma como o PGD vai ser aplicado. Confira algumas delas:

“Não ficou claro para mim como será feito o controle de jornada durante o PGD presencial, trabalho em um setor de atendimento ao público, terei que ficar presente 8 horas? Qual a vantagem para a Universidade e para o servidor em não bater ponto? Se o modelo de PGD adotado será o híbrido, por que não adotar o ponto híbrido também?”

 

“Como será escolhida a comissão que acompanhará a implementação? Será por indicação como as chefias? Haverá algum critério objetivo e claro nessa escolha?”

 

“Como fica a questão da ANUÊNCIA DO SERVIDOR? Quando ingressei no serviço público assinei um contrato de trabalho que visa 40 horas semanais, como fica isso? sou obrigado a trocar?”

 

‘Qual a frequência de presencialidade no teletrabalho parcial? Por que a utilização desta modalidade de trabalho precisa esperar 6 meses para ser implementada e ainda estar condicionada ao êxito da modalidade presencial?”

 

“No caso das clinicas-escolas, no período de férias, como vamos relatar nossas atividades visto que não há pacientes, alunos e professores para atendermos?”

 

“Para os que estão com carga horária reduzida, como funcionará esse planejamento reduzido ou demanda reduzida?

Infelizmente, isso é bastante complicado e subjetivo, principalmente considerando o teletrabalho.”

 

“Como vai funcionar a questão das metas e entregas para aqueles que auxiliam os alunos em seus experimentos. Ou quem trabalha diretamente com equipamentos ligados a pesquisa – que geralmente são técnicos altamente especializados.”

 

“Como serão controladas as horas de atestados, visto que não teremos mais o site para inserí-los? Seremos obrigados a utilizar um sistema “aleatório”, no qual cada setor escolherá o seu próprio?”

 

As “metas” e “objetivos” a serem batidos serão focados em quesitos qualitativos ou quantitativos? Quem definirá isso? Os próprios setores/chefias?”

 

“Não existiu discussão sobre o formato do PGD, apenas decisão unilateral da gestão da UFSM, e mesmo antes de qualquer teste já foi definido que será apenas parcial, sem qualquer fundamentação sólida. A UFSM tem setores heterogêneos, e alguns não possuem a menor necessidade de prestação de serviços ‘in loco’, a meu ver apenas se trata de uma necessidade de ‘presenteísmo’ da atual gestão”, um dos comentários deixados no formulário.

 

>> Você pode acessar os resultados da pesquisa completa aqui.

>> Ouça aqui o Espaço Sindical que debateu os resultados da pesquisa.

 MOBILIZAÇÃO DO GT PGD 

O GT PGD, ao longo dos últimos dias, esteve empenhado em visitar setores da Universidade – inclusive, nos campi de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões – para debater o assunto com a categoria e coletar assinaturas para o abaixo-assinado que pede alterações na Minuta do PGD que será submetida à aprovação no Conselho Universitário.

Na próxima quinta-feira (15), o o GT se reúne na sala 218, no segundo andar do prédio da Reitoria, às 9h. Em seguida, as contribuições e assinaturas serão entregues à gestão da Universidade.

No abaixo-assinado, pedem-se as seguintes alterações na Minuta do PGD:

– Retirada da obrigatoriedade (compulsoriedade) de adesão ao PGD;

– Inclusão de servidores TAEs na condição de representantes eleitos ou indicados pelas entidades representativas no Comitê de Governança, Riscos e Controle e nas Comissões Setoriais, que vão avaliar o cumprimento das metas de desempenho;

– Inclusão da Comissão Interna de Supervisão da Carreira (CIS) no Comitê de Governança, Riscos e Controle; – Início imediato do teletrabalho após implantação do PGD;

– Possibilidade de qualquer TAE participar do PGD na modalidade de teletrabalho, tanto integral quanto parcial, desde que sua função permita.

O abaixo-assinado também pode ser assinado virtualmente, via formulário. Acesse o formulário aqui

Você pode assinar também presencialmente na Secretaria da Assufsm.

 TAE, você também pode fazer parte da comissão que discute o PGD na UFSM. As inscrições serão recebidas pelo e-mail comunica@assufsm.com.br ou pelo Whatsapp (55) 9 9162-4939. Participe desse debate e lute por seus direitos!

 

 

 

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