1° de maio é celebrado na Estação dos Ventos com união e resistência da classe trabalhadora e da comunidade

O Dia da Trabalhadora e do Trabalhador foi marcado por união e mobilização das entidades sindicais, estudantis e movimentos sociais em um local já conhecido pela luta e resistência: a Estação dos Ventos, no bairro KM3. O evento reuniu a comunidade e colocou em evidência bandeiras importantes que perpassam o debate de um Brasil digno a toda classe trabalhadora.

A celebração foi marcada por música, com presença do artista Pitto Folliati e do Levante Popular da Juventude, e por falas de lideranças das centrais sindicais, movimentos populares e estudantis e representantes do legislativo municipal. O Ato culminou com almoço e churrasco servidos à toda comunidade.

A Estação dos Ventos

A Estação dos Ventos abriga uma Cozinha Comunitária que foi fundada em 2011 e, desde então, serve almoço à comunidade em situação de vulnerabilidade. O líder comunitário Tito Rodrigues é responsável pela arrecadação das doações de alimentos que, atualmente, servem a mais de cem famílias da região.

Dia de luta para seguir avançando

O coordenador de formação política e social da Assufsm Eloiz Cristino acredita que o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora deve celebrar as conquistas alcançadas até então e reforçar a importância da consciência de classe, da unidade e da luta.

“Estamos vivendo um momento importante da conjuntura. Temos que disputar o governo e reconstruir o Brasil, buscando aquilo que dignifica a classe trabalhadora, aquilo que foi perdido nos últimos seis anos. Sobrevivemos e resistimos. Agora, precisamos seguir lutando por mais!”, avaliou o coordenador.

O secretário do Sindiágua/RS (Regional Centro Oeste) Sérgio Krug também falou sobre a importância da união da classe trabalhadora e alertou sobre as privatizações – em especial, da Corsan – que afetam a sociedade como um todo.

“Isso aqui é o que deveríamos ter feito lá atrás, para não ter a perda de direitos, desmonte da CLT e desmonte da Previdência. Faltou a união de classe. Precisamos reconstruir a luta conjunta e diária. Lugar de trabalhador é na rua e devemos sim ocupar as ruas para fazer nossa luta, não apenas no Dia das Trabalhadoras e dos Trabalhadores”, pontuou o secretário.

Tomar o protagonismo da data

O presidente da Sedufsm Ascísio Pereira comentou sobre a importância de inverter a lógica da “mídia tradicional” de colocar o dia 1° de maio como o “Dia do Trabalho”. Segundo o professor, é preciso dar destaque principal aos trabalhadores e trabalhadoras que representam a força do sistema. Ascísio também validou o Ato realizado na Estação dos Ventos como um “processo pedagógico” e elogiou o trabalho desenvolvido pela Associação à comunidade, ao longo dos anos.

“Muito provavelmente, se fizéssemos um Ato como esse no Centro da cidade, as pessoas que moram aqui não conseguiriam ir. Então, é muito importante que nós, do movimento sindical, conheçamos a realidade social de Santa Maria e estejamos com a classe trabalhadora, no lugar onde a classe trabalhadora vive”, pontua o dirigente.

Da mesma forma, a coordenadora de comunicação do Diretório Central dos Estudantes Karla Essy pontuou em sua fala a importância da união do movimento estudantil com a comunidade trabalhadora, para aproximar o ambiente acadêmico da realidade social.

“São essas as pessoas, filhos de trabalhadores e trabalhadoras, que a gente quer que ocupem a universidade pública. São essas as pessoas que merecem e devem ocupar esses espaços”, declarou a estudante.

Debates transversais

A professora e vereadora Maria Py Dutra esteve presente no ato e pontuou a necessidade urgente do combate ao racismo em todas as esferas. Maria fez menção ao recentes casos de racismo pulicados na mídia, em especial ao acontecido na última sexta-feira (28), em um avião da Gol que partia de Salvador com destino a São Paulo, quando uma mulher negra foi expulsa do voo após se recusar despachar mochila com notebook.


“Estamos aqui, na Estação dos Ventos num espaço de resistência e aproveito para colocar em pauta a necessidade de discutir os estereótipos raciais. Precisamos continuar nossa luta de combate ao racismo estrutural. O debate do que é ser antirracista deve ser pautado em discussões dentro e fora das organizações”, declara a vereadora.

Confira mais fotos do Ato do Dia da Trabalhadora e do Trabalhador.

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