Luta Salarial: Enquanto reajuste de servidor está indefinido, preços sobem e salários seguem congelados

O sábado, 9, foi marcado por mais um dia de luta pelo fim do governo Bolsonaro. Servidores(as) de base, representando a Educação Pública, de todo o Brasil, engrossaram o coro dos/das que cobram melhor distribuição de renda, políticas e serviços públicos que atendam a população brasileira cansada de pagar o preço com a retirada de direitos e a volta ao mapa da fome. 

Servidores(as) públicos(as) vem cobrando uma resposta do governo Bolsonaro para atendimento de uma reposição salarial emergencial. A categoria amarga mais de 5 anos de salários congelados. Ainda sem respostas do governo, que insiste em não abrir um processo efetivo de negociações com representantes do funcionalismo, os preços seguem em disparada enquanto o poder de compra encolhe cada dia mais.

Ao invés de negociar e promover um diálogo com a categoria, o ministro da Economia, Paulo Guedes, prefere continuar ‘atacando’ os servidores(as). Em mais uma de suas declarações polêmicas, o ministro disse em encontro voltado para o mercado financeiro que conceder reajuste salarial poderia trazer de volta o período de hiperinflação, anterior ao Plano Real. 

A declaração foi fortemente rechaçada já que enquanto mantém salários do funcionalismo sem qualquer reajuste o governo Bolsonaro já é responsável por uma inflação superior a 20%. Só nos três primeiros meses desse ano a inflação alcançou 3,22%, perto da meta anunciada para o ano todo. E um novo recorde acaba de ser atingindo com a maior inflação para o mês de março desde 1994. 

A Condsef/Fenadsef reforça que os recursos existem para que o governo atenda a reivindicação de reposição salarial emergencial do funcionalismo. Só no ano passado, a arrecadação federal cresceu 17,3%. Além disso, as contas públicas tiveram um superávit de quase R$ 65 bilhões. Em contrapartida, despesas de pessoal tiveram uma redução de cerca de R$19 bi sob o discurso de ‘contingenciamento’ pregado pelo governo. Sinônimo de desmonte. 

“Está tudo caro e a culpa é do Bolsonaro”, foi um dos gritos que ecoaram em dezenas de atos que reuniram milhares de trabalhadores em todo o Brasil. 

Vem aí mais uma Jornada de Luta

Para seguir fortalecendo a luta dos/das federais por uma reposição salarial emergencial as entidades reunidas no Fonasefe, Fonacate e FASUBRA aprovaram mais uma Jornada de Luta que vai acontecer entre os dias 25 e 29 desse mês. 

Atos e protestos vão acontecer em todo o Brasil, além de uma caravana que irá a Brasília reforçar um grande ato no dia 28. Até lá, fica mantida a vigília diária e permanente em frente ao Bloco P do Ministério da Economia, onde o ‘ministro da língua venenosa’, Paulo Guedes, dá expediente. 

Texto e Foto: Condsef/Fenadsef

Edição por Assessoria de Comunicação Assufsm

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