43° dia de greve: proposta do Governo é rejeitada por unanimidade pela categoria em Assembleia; Delegados(as) são escolhidos(as) para representação no Comando Nacional de Greve

A Assembleia desta quinta-feira (25), lotou o auditório Flavio Miguel Schneider, anexo ao Centro de Ciências Rurais. Na pauta estava a discussão da proposta apresentada pelo Governo, no dia 19 de abril na reunião da Mesa Específica e Temporária para Reestruturação do PCCTAE.

A Assembleia desta manhã iniciou com informes nacionais, onde a coordenadora geral da Fasubra Loiva Chansis colocou que hoje (25) o Governo deve assinar os benefícios aprovados pela categoria. Dessa forma, o auxílio-alimentação passará de R$ 658 para R$ 1 mil, o auxílio-saúde, de R$ 144 para R$ 215 e o auxílio-creche de R$ 321 para R$ 484,90, na folha de pagamento do mês de junho ou julho, com reatroativos a partir de maio. As entidades que representam a categoria foram chamadas para uma reunião às 16h no Ministério da Gestão e Inovação (MGI) para a assinatura do Termo de Compromisso da Campanha Salarial de 2024, onde realizaram um ato em caráter de protesto – uma vez que os benefícios são considerados bem-vindos, mas excluem os(as) aposentados(as).

Como informe local, foi relatada a reunião realizada com a Reitoria e a gestão do Centro de Ciências da Saúde (CCS) na manhã de ontem (24), para tratar sobre as especificidades do curso de Odontologia. (Veja mais aqui)

Em seguida, a Assembleia votou o envio de 2 delegados(as) (por cada força dentro da Coordenação da Assufsm) para representação no Comando Nacional de Greve em Brasília. Pela chapa Vamos à Luta irão Maurício Severo e Cezar Augusto Machado, e pela chapa REUNIR irão Jorge Trindade e Roberto Bordin.

Seguindo a pauta da Assembleia, a coordenadora geral da Assufsm Alessandra Alfaro apresentou a proposta do Governo à categoria, em tópicos. No que tange à pauta orçamentária, o Governo apresentou proposta de reajuste de 9% em 2025 e de 3,5% em 2026. Para o ano que vem, o reajuste foi prometido a partir de janeiro. Já para 2026, o aumento deverá ser aplicado a partir de maio. Para 2024, não está previsto reajuste salarial, por falta de espaço orçamentário. Na pauta da reestruturação da carreira, alguns pontos apresentados pela Fasubra não serão atendidos pelo Governo – como o step de 5%, piso de três salários mínimos e piso da Enfermagem. Outras propostas foram rechaçadas: Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), Progressões por Capacitação e recomposição das perdas inflacionárias.

Já as propostas acordadas pelo Governo incluem: criação de cargos genéricos para acomodar os vagos suspensos de provimento de concurso, redução do interstício de 18 para 12 meses para Progressão por Mérito e fim da correlação indireta no incentivo à Qualificação. (Veja mais detalhes da proposta aqui).

Após a explanação, o espaço foi aberto para que os(as) servidores(as) pudessem manifestar a sua opinião sobre a proposta.Em regime de votação, foi rechaçada por unanimidade a proposta do Governo. Além disso, a Assembleia encaminhou também pedido de que as pautas não orçamentárias que estavam sendo discutidas na Mesa Nacional de Negociação (que não está mais ocorrendo) – como a extinção da IN 49/2023 e ampliação de concursos públicos – sejam transferidas para Mesa Setorial de Negociação.

 

Feita a votação, a coordenadora geral da Assufsm Natália San Martin fez a leitura da Nota Pública redigida pelos TAEs do Restaurante Universitário, contra o assédio que a categoria vêm sofrendo desde o início da greve. A nota foi apreciada e aprovada por unanimidade pela categoria presente na Assembleia. (Veja a nota na íntegra aqui).

Por fim, o professor e diretor da Sedufsm Leonardo Bottega participou da reunião, apresentando o cenário da categoria docente, que aprovou a greve, por ampla maioria na última segunda-feira (22). A partir desta quinta-feira, a Sedufsm se junta então às 28 Universidades ligadas à base do Andes que já estão em greve no país. Na próxima semana, há um indicativo de que mais 8 Universidades possam aderir ao movimento paredista docente. Com a luta unificada pela qualidade e valorização da Educação, o professor convidou a todos(as) TAEs presentes a se somarem num ato político, artístico e cultural que será realizado na Praça do Mallet, no dia 1° de maio, Dia do(a) Trabalhador(a).

Além disso, o representante regional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) Valdemir Corrêa esteve na Assembleia e manifestou o apoio ao movimento de greve.

Veja todas as fotos da Assembleia aqui.

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